terça-feira, 8 de novembro de 2011

Chuviscos mansos


    Não é bom reclamar. Quando se reclama, chove mais. Quer dizer, a chuva não engrossa, mas a freqüência de pingos iguais dura mais tempo. O som dos pingos ecoa na minha mente, mesmo após a tempestade, que nem precisa ser tão tempestade assim. Só chuvisco manso. Encharcando minha alma, às vezes de idéias, às vezes só de água mesmo.  
    
     Não gosto de chuva por inúmeros e inúmeros motivos, mas não cabe citá-los. Olha, eu quero sol ou chuva de gelo, se não for granizo, chuvisco também não quero! Estranho. Chuviscos mansos nos molham pela metade, nos deixam pela metade. Abaixo as metades! Abaixo aos chuviscos mansos! Ou não.

    Chegam devagarzinho e em sua pequena intensidade, me deixam meio confusa. Tento entender a freqüência que a água cai, meio difícil de explicar. Tempestades têm uma freqüência linda, assim como os dias de sol quentíssimo. Mas e os dias nublados, de chuviscos mansos? Esses vão me dar bastante trabalho, decifrá-los é tarefa árdua. Porque os chuviscos mansos... são só chuviscos. E a vida, pois é, grande tempestade. 

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